Após uma breve “discussão” com a professora Teresa Pinto sobre dois conceitos (memória e inteligência) e de que forma se interligavam decidi investigar em que medida a inteligência faz parte da memória.
A professora Teresa Pinto defendia a tese de que para se ser inteligente não se necessita de ter obrigatoriamente boa memória ou da total utilização da mesma, já a tese que eu defendia recaia sobre o facto de que só se é inteligente se e só se tivermos uma boa memória e quando utilizada nos momentos/situações onde disponhamos da mesma.
A minha investigação consta com algumas “desmistificações” de conceitos chave e de algumas perguntas como: o que é a memória e a inteligência? ; a importância que têm na nossa vida; relação entre ambos; finalizando com uma conclusão que explicará baseada na minha investigação porquê que a inteligência é memória ou provém da mesma.
O que é a memória?
A memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no Cérbero (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).
O que é a inteligência?
Inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender.
Á primeira vista, ou seja, com a leitura de ambos os conceitos pode concluir que para sermos inteligentes, ou seja, sermos capazes de efectuar todas as actividades descritas no parágrafo anterior somos totalmente dependentes da memória pois como se pode observar na definição de memória as mesmas actividades só se poderão concretizar se formos capazes de adquirir, armazenar para mais tarde evocar as mesmas informações que só se disponibilizam devido á actuação da primeira etapa da memória (aquisição).
Mas não me baseando apenas em dois conceitos decidi aprofundar mais o tema investigando mais relações.
Ao investigar este tema aprendi que fazem parte da inteligência todas as competências intelectuais que adquirimos (memória) ao longo da vida tais como: a expressão e a compreensão verbal, o manuseio de objetos, a flexibilidade de pensamento, a criatividade, o raciocínio lógico, a formação de conceitos abstractos, a formação de opinião, a indução, a inferência, a capacidade de estimativa, de julgamento, a de lidar com números, atenção, percepção e memória. Fazendo parte “de se ser inteligente” está própria memória, não querendo dizer que a memória é inteligência (tese contrária á qual defendo), apenas mostrando que a memória é uma, entre outras idoneidades, que utilizamos para o ser, tornando a sua relação numa sequência de ligações que no meu ponto de vista tomaria o seguinte rumo: a memória é uma competência da inteligência que na sua utilização nos tornaria inteligentes, mas só a poderiamos utilizar se tivermos posteriormente utilizado a memória a nível social para adquirir conhecimentos que levariam a compreensão de o que é “ um ser inteligente”.
Qual a relação entre memória e inteligência?
"Todas as capacidades que adquirimos desde a infância e na adolescência vão se aperfeiçoando ao longo da vida e seu ápice ocorre na vida adulta. A inteligência muda ao longo da vida. Mudanças que ocorrem nos comportamentos, geram outros comportamentos que costumamos chamar de inteligentes. Cada vivência do mesmo tipo de situação, leituras, conversas e desafios experienciados são actualizados e ou reformulados a todo o momento, o que implica o crescimento de nosso conhecimento de mundo, nossos conhecimentos episódicos, linguísticos, procedurais (agir em situações particulares), etc. Por isso é que inteligência é uma construção, o mundo não nos é dado pronto e acabado, construímos o nosso mundo. E essa construção sofre influência das nossas convicções, crenças, atitudes diante da situação, bem como de todos os nossos conhecimentos prévios armazenados, por isso é que envolve memória." (Texto de Vya Estelar)
Para concluir proponho que relacione a ligação destes conceitos com o documentário (visualizado na aula de psicologia) “Mentes Brilhantes” pondo em discussão a mesma finalidade das obras de ilustres como Galileu Galileia, Isaac Newton, Albert Einstein, Stephen Hawking, sem a capacidade total do uso da memória: adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) o que proporcionou a aquisição de conhecimentos, vivências, influências, críticas, valores, personalidade……para a construção das suas obras.